sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aperto na boca do estômago




Aperto na boca do estômago! O que é isso? Ansiedade por entrar em cena? Expectativa de realizar um ótimo espetáculo? Emoção por tantos encontros? Infelizmente, não... Essa sensação, na verdade, de engodo, embrolho, enjôo e vômitos (melhor parar por aqui...) foram os sintomas de uma gastrointerite. Tudo começou na segunda (18/01), às 6:00 da matina. No domingo, apresentamos a última sessão do Diário do Maldito em Campo Grande e desmontamos o cenário. Desconfio que o que deflagrou o processo foram umas pizzas, que comemos, durante a desmontagem, mas a pessoa acometida por essa infecção contem o vírus muito antes dos sintomas se manifestarem. Bem, como já sofro de gastrite nervosa e andei comendo muita coisa diferente pelo Pará, onde passei férias, eu estava facinha, facinha...
De segunda (18/01) até quinta (21/01) foi uma via sacra por emergências de hospitais, soros e remédios na veia, comprimidos passados equivocadamente, insônia, dor, dor e dor. Um dos momentos mais desesperadores foi na viagem de Campo Grande para Cuiabá. Era por volta das 4:00 quando eu comecei a suar frio. Apesar do ar condicionado do ônibus, eu estava sentido tanto calor e falta de ar, que precisei tirar a roupa para ver se aliviava. Enquanto isso, A Celma e a Micheli me abanavam. A solução encontrada foi parar na cidade mais próxima e procurar um pronto socorro. Pois bem.... Chegamos em Rondonópolis. O ônibus parou na rodoviária da cidade e eu, Celma, Micheli e Francis pegamos um táxi rumo ao hospital mais próximo. O médico meio sonolento, que me atendeu, mandou eu tomar mais remédio na veia e ainda passou um pedido de exame de Dengue. Dengue!? Enquanto isso, chegou um bebezinho com sua mãe. Ele estava desidratado e tinha que receber soro na veia também. Meu Deus !!! Que visão e som do inferno!!! A mãe segurando o bebê e a enfermeira furando a criança várias vezes para ver se achava a veia e a agulha ficava no ponto certo. Logo em seguida, fui eu. O médico até me deu um remédio para dormir enquanto o soro pingava, mas com aquela cena do menino e choro ainda ecoando foi impossível. Depois de quase duas horas e com o dia amanhecendo retomamos a viagem.
O remédio foi apenas um paleativo. As dores voltaram e fui num gastro em Cuiabá, tive que fazer um hemograma completo, o que serviu para descartar algo mais sério. Porém, o médico foi bem categórico: Ou você fica de repouso se hidratando e se alimentando bem, pois leva de 1 a 2 semanas para o seu estômago e intestino começar a funcionar bem, ou vc faz as suas apresentações de teatro, fica comendo no hotel e na rua e volta a passar mal de novo. A intimação foi dada e eu não tive escolha. Gente, até parece um dramalhão!!! Eu chorei tanto do médico até o hotel, que é claro piorou a dor. Daí, liguei pra Ju, Francis e Ivone e achamos melhor eu voltar para BSB.
Bem, agora, estou na casa da minha mãe... Ia fazer uma endoscopia ontem, mas a minha médica achou por bem adiar o exame pois meu estômago já está muito agredido. Estou de repouso, tomando remédios (dessa vez corretos), o coração dolorido por não estar, na empreitada Centro-Oeste e torcendo pelo sucesso do meu grupo.
Concretos, obrigada pelas flores, pelas palavras, pela luz e energia.
Mi e Celma, obrigada pela força! Celma vc é uma mãezona! A Sara é que é feliz e bem sabe...
Francis e Ivone, obrigada pela compreensão. Se eu estiver melhor volto para fazer o Diário em Goiânia.
Ju, muita merda pra vc! Cheguei a sonhar com vc fazendo a Brasília e saiu tudo ótimo porque foi do seu jeito! Obrigada por topar mais essa!
Beijos, muita merda e evoé!
Maria Carolina Machado - atriz do Concreto.

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