Convite
Foi comentado por aqui que na primeira apresentação do Diário do Maldito, em Campo Grande, uma das pessoas do público tirou a roupa junto aos atores, no momento do depoimento pessoal. Gostaria de falar um pouco sobre isso...
Temos momentos históricos e preciosos no Diário relacionados ao público. Em Macapá, durante os batuques e dança do Poeta, o publico começou a bater palmas super ritmadas marcando cada compasso do tambor. Em BH, tínhamos medo do suor respingar no público e incomoda-lo ainda mais. Em Santos, no momento do cortejo final, o público ficou de joelhos, numa forma de reverência. E, finalmente, em Campo Grande, no momento do depoimento pessoal, o Jair, oficineiro, engajado e apreciador de teatro (como ele mesmo se define) compartilhou o despir comigo.
Eu já estava no fim do depoimento, me despindo do meu personagem, quando o Jair fez o mesmo. É claro que fiquei surpresa e, por um segundo, sem saber o que fazer. Porém, não pensei duas vezes... lhe dei um abraço e o agradeci por compartilharmos aquele momento.
No fim da peça, fui conversar com o Jair. Falei que foi a primeira vez que uma pessoa do público havia tirado a roupa e o quanto aquilo foi importante para mim, para a história do grupo e do Diário. Jair me disse que ele não teve escolha... se sentiu entregue e convidado pelo espetáculo.
Maria Carolina Machado - atriz
Temos momentos históricos e preciosos no Diário relacionados ao público. Em Macapá, durante os batuques e dança do Poeta, o publico começou a bater palmas super ritmadas marcando cada compasso do tambor. Em BH, tínhamos medo do suor respingar no público e incomoda-lo ainda mais. Em Santos, no momento do cortejo final, o público ficou de joelhos, numa forma de reverência. E, finalmente, em Campo Grande, no momento do depoimento pessoal, o Jair, oficineiro, engajado e apreciador de teatro (como ele mesmo se define) compartilhou o despir comigo.
Eu já estava no fim do depoimento, me despindo do meu personagem, quando o Jair fez o mesmo. É claro que fiquei surpresa e, por um segundo, sem saber o que fazer. Porém, não pensei duas vezes... lhe dei um abraço e o agradeci por compartilharmos aquele momento.
No fim da peça, fui conversar com o Jair. Falei que foi a primeira vez que uma pessoa do público havia tirado a roupa e o quanto aquilo foi importante para mim, para a história do grupo e do Diário. Jair me disse que ele não teve escolha... se sentiu entregue e convidado pelo espetáculo.
Maria Carolina Machado - atriz
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